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7 Fatores Que Explicam o Desmonte da Marinha Mercante Brasileira

desmonte da Marinha Mercante Brasileira
desmonte da Marinha Mercante Brasileira

7 Fatores Que Explicam o Desmonte da Marinha Mercante Brasileira

A Marinha Mercante já foi símbolo de soberania e força econômica para o Brasil, principalmente entre as décadas de 1950 e 1980. Com centenas de embarcações e milhares de trabalhadores embarcados, o país possuía uma das maiores frotas mercantes da América Latina. No entanto, o que se viu nas décadas seguintes foi o desmonte da Marinha Mercante Brasileira, deixando um rastro de desemprego, dependência externa e desindustrialização naval.

Neste artigo, explicamos os principais fatores que levaram à sua decadência, o desmonte da Marinha Mercante Brasileira, com uma visão crítica e informativa para quem deseja entender os erros do passado e os desafios do presente.


1. Falta de uma política de Estado para o setor

O declínio sobre o desmonte da Marinha Mercante Brasileira começou quando os investimentos em construção naval e formação marítima deixaram de ser prioridade. Ao invés de uma política de Estado duradoura, o setor foi tratado como projeto de governo, sofrendo com interrupções a cada troca de gestão.

Sem uma visão estratégica de longo prazo, a Marinha Mercante ficou vulnerável a crises políticas e econômicas.


2. Abertura comercial descontrolada nos anos 1990

Durante o processo de globalização e abertura econômica da década de 1990, o Brasil adotou políticas que favoreceram a importação de serviços de transporte marítimo.

Empresas estrangeiras dominaram o mercado, enquanto a frota nacional envelhecia e deixava de ser renovada. O resultado: hoje mais de 90% da carga brasileira é transportada por embarcações de bandeira estrangeira.


3. Privatizações e desmonte das estatais do setor

A extinção da Empresa de Navegação Lloyd Brasileiro em 1997 foi um marco negativo. A maior companhia de navegação do país foi sucateada, vendida em partes e sua frota foi praticamente abandonada.

Outras empresas estatais e semi-estatais do setor seguiram o mesmo caminho, sem que houvesse substituição por um modelo sustentável de navegação nacional.


4. Desvalorização da mão de obra nacional

Com o avanço da terceirização e o crescimento da participação de navios estrangeiros, os profissionais brasileiros começaram a perder espaço. A falta de valorização da carreira marítima e a dificuldade para revalidar certificados empurraram muitos tripulantes para outras áreas ou para o desemprego.

Além disso, a burocracia imposta pela Marinha do Brasil para emissão e renovação de documentos é considerada um entrave para a retomada do setor. Eis mais um adendo ao desmonte da Marinha Mercante Brasileira


5. Gestão ineficiente do Fundo da Marinha Mercante (FMM)

O FMM foi criado para financiar a construção e modernização de embarcações. No entanto, sua gestão sofreu com lentidão, falta de transparência e uso político dos recursos.

Sem critérios claros e com excesso de burocracia, muitos armadores desistiram de investir em navios nacionais.


6. Ausência de renovação da frota nacional

Sem políticas de incentivo ou proteção, a frota brasileira foi envelhecendo. Em vez de investir em renovação, empresas passaram a fretar navios estrangeiros prontos, com menor custo e menos exigências trabalhistas.

Isso afetou diretamente os estaleiros brasileiros, que ficaram ociosos ou fecharam as portas.


7. Falta de valorização da cabotagem e da navegação interior

A cabotagem, que poderia ser uma solução para o transporte interno de cargas, nunca foi devidamente promovida. O Programa BR do Mar, apesar de boas intenções, ainda enfrenta entraves operacionais e jurídicos.

Já a navegação interior, tão importante em regiões como a Amazônia, sofre com falta de investimentos em infraestrutura portuária e segurança da navegação.


Conclusão

O desmonte da Marinha Mercante Brasileira foi causado por uma combinação de omissões, políticas mal planejadas e falta de continuidade institucional. Recuperar o setor exige vontade política, investimento em formação profissional, modernização da frota e estímulo à construção naval.

Também é fundamental reformar a burocracia da autoridade marítima e garantir que o Fundo da Marinha Mercante seja usado de forma eficiente e transparente.

O Brasil tem dimensões continentais e uma das maiores costas do mundo. Ser dependente de navios estrangeiros para importar e exportar produtos é uma fragilidade estratégica. É hora de resgatar o protagonismo da Marinha Mercante com visão de futuro. Isso contribui para o desmonte da Marinha Mercante Brasileira.


Meta:

Entenda como ocorreu o desmonte da Marinha Mercante Brasileira. Veja os 7 fatores que explicam o declínio do setor e os caminhos possíveis para a retomada.

 

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