Pular para o conteúdo

O Que o Brasil Deve Fazer Para Ser Competitivo na Construção Naval Brasileira

construção naval brasileira
construção naval brasileira

O Que o Brasil Deve Fazer Para Ser Competitivo na Construção Naval

Palavra de foco: construção naval brasileira


A construção naval brasileira já teve papel de destaque internacional, mas perdeu competitividade ao longo das últimas décadas. Com navios sendo encomendados no exterior a preços muito mais baixos, é urgente repensar estratégias para reerguer o setor. Veja, a seguir, o que o Brasil precisa fazer para tornar sua indústria naval novamente forte e viável.


1. Estabelecer uma política industrial permanente

O principal erro do Brasil foi tratar a construção naval como projeto de governo, e não como política de Estado. Para reverter esse cenário, é fundamental criar um plano nacional de longo prazo, com metas para os próximos 10 a 20 anos.

Isso inclui garantir a continuidade de incentivos, como o Fundo da Marinha Mercante (FMM), e estabelecer regras estáveis para conteúdo local, com exigências realistas e gradativas.


2. Modernizar os estaleiros brasileiros

Grande parte da construção naval brasileira ainda depende de processos manuais e desatualizados. Para competir com estaleiros asiáticos, é necessário investir em automação, corte e soldagem computadorizados e design de embarcações em 3D.

Fusões estratégicas entre estaleiros regionais também podem aumentar a eficiência e o volume de produção.

Além disso, é essencial desenvolver centros de inovação tecnológica voltados para a indústria naval, promovendo parcerias entre universidades, institutos de pesquisa e empresas. Esses centros podem acelerar o desenvolvimento de soluções aplicadas, reduzir custos e aumentar a produtividade dos estaleiros nacionais.


3. Capacitar mão de obra qualificada

Sem profissionais treinados, não há inovação. O Brasil precisa criar e fortalecer programas técnicos e universitários focados em engenharia naval, construção naval e automação industrial.

Parcerias com o SENAI, , CIABA, CIAGA e universidades públicas e privadas podem formar novas gerações de técnicos e engenheiros especializados.

Também é necessário incentivar a permanência dos profissionais no setor, oferecendo salários competitivos, perspectivas de carreira e acesso a atualizações constantes. Uma mão de obra qualificada é peça-chave para garantir qualidade e segurança na produção naval.


4. Reduzir o custo Brasil

Encargos trabalhistas elevados, tributos complexos e burocracia excessiva encarecem a construção naval brasileira. A criação de zonas francas portuárias e a simplificação fiscal são medidas que podem gerar competitividade sem abrir mão de arrecadação.

Além disso, é essencial melhorar a infraestrutura logística e reduzir o tempo de movimentação de cargas e componentes.


5. Garantir demanda contínua

Nenhum estaleiro sobrevive sem contratos regulares. O Brasil precisa lançar programas de renovação da frota de cabotagem, rebocadores, plataformas e navios de apoio offshore.

Empresas estatais e privadas devem ser incentivadas a encomendar embarcações nacionais, com financiamento atraente e garantias sólidas.

A previsibilidade da demanda permite que os estaleiros planejem investimentos de médio e longo prazo, o que impacta diretamente na redução de custos e na melhoria da qualidade da produção.


6. Integrar o país à cadeia global de suprimentos

Nem sempre o Brasil precisa construir o navio inteiro. Participar da cadeia global construindo cascos, módulos, seções e sistemas pode gerar emprego, conhecimento e posicionamento estratégico.

Atrair fábricas de motores, hélices, sistemas elétricos e equipamentos de navegação é parte essencial dessa integração.

Essa inserção pode tornar a construção naval brasileira mais ágil, conectada e eficiente, viabilizando inclusive exportações e contratos com empresas internacionais.


Conclusão

Para que a construção naval brasileira volte a ser competitiva, o país precisa de visão estratégica, incentivos sustentáveis e compromisso com a inovação. O retorno dessa indústria traria benefícios diretos ao emprego, ao comércio marítimo e à soberania nacional.

Com políticas duradouras, integração tecnológica e estímulo à qualificação profissional, o Brasil tem potencial para se posicionar novamente entre os grandes construtores navais do mundo.


 

Links externos sugeridos:

Link interno sugerido:


📢 Quer acompanhar tudo sobre a construção naval brasileira? Acesse marinhamercante.com.br e fique por dentro das novidades, análises e oportunidades do setor.

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

16 − três =